20 de junho de 2013

Nana- Serpente na Floresta

By: Nana Luna às 15:48

Eu vou voar
Para longe, para nenhum lugar
Onde você não pode ir
Aonde ninguém vai me alcançar
Por vales vou velejar.

Velejar em meu barquinho
A água, por pedras, abre o caminho
E como água, eu choro sozinho
E o vento me leva como pano de linho
Entre as árvores e os bichos vou dormir, descansar.

Sonho com vaga-lumes
Vagam com as borboletas nas urzes.
Borboletas e mariposas negras
Confundindo-se com o breu da natureza.
Como pequenas estrelas móveis num céu de copas.
Sem nuvens. Coelhos em suas tocas
Fugindo de mim, uma estranha e esguia serpente.

Que estranho, eu estou à vontade
Rastejando no chão ou em quaisquer hastes.
Há uma aranha, chama-se Aracne
Quer amizades, mas eu não lhe sou de praxe.
Ela vai embora e eu ali fiquei
E foi quando a serpente dormiu que eu acordei.

Foi bom que fugi
A mente, espaireci
Vou voltar, voar para casa
Pois estou a deixar para trás o meu lar.
Estou de volta a este lugar
Que tem nome e não é longe
Um lugar para me pegar.
Aqui você me prende e não consigo me soltar.

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